Quais os Principais Tipos de Algodão do Mundo



Quem usa roupas de algodão, nem imagina que existem tantos tipos, e quais são as diferenças entre eles. O conforto é ponto comum, mas é interessante conhecer suas características e, quando necessário, buscar aquele que melhor atende sua necessidade.

Diversas espécies são plantadas em diferentes partes do mundo, e suas fibras se distinguem devido a seu ambiente de cultivo, que inclui fatores como clima, fertilizantes, solo e pragas. 

Usado para fins têxteis há mais de 5.000 anos, seu emprego iniciou entre cerca de 2500 a.C e 1700 a.C na região do vale do rio Indo, atual fronteira entre Índia e Paquistão. 

O algodão é a mais pura forma de celulose – quando obtida por meio desta fibra representa 99,8%, segundo o Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal da Universidade Federal do Paraná.

O tecido derivado dessa fibra pode ser sedoso ou áspero, liso ou com textura, grosso ou fino, para fins comuns ou voltado ao luxo, mas todos esses aspectos tornam o algodão excelente tanto para roupas como para decoração. 

Características como versatilidade, suavidade, respirabilidade, capacidade de absorção, desempenho e durabilidade são apenas algumas de suas qualidades.

No Brasil, ele representa 55,7% do consumo das matérias-primas utilizadas pela indústria têxtil. É também a principal fibra natural consumida pelas indústrias, representando 95% dessa categoria, composta por algodão, linho, seda, rami, juta, sisal, lã e pelos.

Os 4 principais tipos de algodão são:

Egípcio – possui fibras brancas e extralongas, de alta resistência (+ 36 gf/tex) e alto comprimento (de 36 mm a 42 mm). É produzido por alguns países africanos, como Egito e Sudão, sob condições irrigadas, em vales circundados por regiões desérticas. 

Ele se destina à produção de artigos de cama, mesa e peças intimas de alto valor, muitos deles conhecidos e classificados pelo número de fios superfinos existentes em cada seção transversal do fio que irá se transformar em tecido, como 110 fios ou números superiores, e pela grande suavidade e durabilidade. 

O Algodão Egípcio é produzido com subsídios dos governos dos países em que são cultivados, mas, por conta da retirada gradativa desse apoio financeiro dado ao plantio, sua produção está em queda.

Pima – Da mesma forma que a espécie anterior, possui fibras extralongas. É produzido nos vales áridos da Califórnia (San Joaquim) e Arizona (Imperial), e do Peru, sob condições irrigadas. O pima tem todas as características físicas e industriais semelhantes ao Egípcio, porém, visualmente, exibe coloração creme, além de carregar uma classificação específica nos Estados Unidos. Ele pode ser utilizado para produção de tecidos finos e linhas de costura. Para estes casos, o Pima foi melhorado a fim de se obter sementes de alta produtividade e permitir colheita mecanizada.

Acala – Esta espécie é produzida na Califórnia e no Peru. Tem fibras classificadas como media-longas, com comprimento na faixa de 32 mm a 34 mm, e é destinado à produção de camisaria e malharia finas. No Brasil, já foi produzido em vales semiáridos do Nordeste sob condições irrigadas, além de Mato Grosso e Bahia, nas condições do cerrado. Atualmente, a Embrapa e a Fundação Bahia desenvolvem e disponibilizam ao mercado o cultivo do BRS 433 B2RF, que é o primeiro algodão brasileiro, geneticamente melhorado, com este padrão de fibras, e existem aproximadamente 500 hectares deles plantados no cerrado da Bahia.

Upland ou Anual – O tipo Upland ou Anual contempla fibras brancas com comprimento inferior a 32 mm. Ele é cultivado em 95% das terras do cerrado do Brasil. Estes algodoeiros são plantados em larga escala em 60 países do mundo, incluindo o Brasil, que é o 5º maior produtor e o 4º maior exportador mundial da pluma. É uma espécie mais versátil, e destina-se à produção de fios para uso em jeans, malharia, tecidos de cama, mesa e banho e camisaria. Tem preço bastante inferior às espécies de fibras longas e extralongas. No Brasil, este algodão abastece toda a indústria têxtil nacional, além de representar quase 1 milhão de toneladas por ano em exportação para dezenas de países, especialmente da Ásia.

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